A muito ja se fala das dificuldades do circuito profissional, sobre o cansaço dos jogadores de jogarem um torneio em cada semana num lugar diferente do mundo.
Claro, que normalmente se respeita algumas regras que tendem a facilitar e minimizar o desgaste, como escolher seqüências de torneios na mesma região, no mesmo paÃs ou no mesmo continente.
Muitas vezes é inevitável, ai vem os vôos longos, trocas de trens e outras baldeações. Ossos do ofÃcio.
Como nesse meio, existem muitas variações, teorias, fórmulas e para o sucesso, nem todos jogadores seguem esse conceito. De viajar o mÃnimo possivel, ou de encarar distancias nao tao acentuadas.
Tive o prazer de conhecer alguns desses mestres na arte do perambolismo mundial.
Dominam dois três idiomas, viajam sós, estômago forte, bons em geografia e com cartão ouro de algumas das melhores companhias aéreas do mundo, sem esquecer do fisico privilegiado por não sofrerem com jet leg e mudanças de fuso horario.
Apesar de muitos realmente aproveitarem suas andanças pelo mundo uma regra serve para quase todos os tenistas. Querer sair de lá o mais rápido possÃvel após a derrota.
O tenista quando perde, independente da derrota, se jogou bem, mal, teve chances, sacou pra partida, teve match-points a favor, dolorida ou não, quer apenas recolher suas coisas e seguir o rumo da próxima semana. E se a próxima for Casa, dai pode até fazer chover para trocar e antecipar para o mais cedo possivel.
Perder e voltar para o clube para treinar, cruzar com os caras que vão jogar a seguir, cumprimentar 3,4,5 vezes o mesmo cidadão que te ganhou, é algo bastante desgastante.
Os que não se importam com isso, ou os que saem rápido e de fininho, levam vantagem no passar do tempo, seja dentro da quadra, seja como ser humano.
Coluna escrita e, gentilmente, cedida por André Gehm. |